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Por que as feiras orgânicas são diferentes das comuns?

  • Raissa Gvozdar Schreiter
  • 11 de fev. de 2017
  • 2 min de leitura

Feiras são conhecidas por muitos brasileiros como o local em que comumente se encontra opções alimentícias fora do supermercado. Um segmento específico desse tipo de comércio está ganhando cada vez mais espaço entre os consumidores: as feiras de produtos orgânicos. Segundo o Ministério da Agricultura, a diversidade de tipos de solo no Brasil é um fator que tem a contribuir para o crescimento da modalidade. As feiras “comuns” e as orgânicas tem o mesmo propósito, portanto, são semelhantes em vários aspectos. Porém, elas podem proporcionar ao consumidor uma experiência completamente diferente. Na feira orgânica montada todos os domingos no Parque Ecológico de Campinas são vendidos legumes, verduras, frutas, produtos veganos como pastéis, brownies e até cosméticos veganos que contém também ingredientes orgânicos. Trata-se de um ambiente familiar, amistoso, silencioso e calmo. Os fregueses, que andam carregando sacolas ou puxando carrinhos, procuram pelos produtos que desejam comprar de maneira atenciosa e tranquila. Muitos dos feirantes os conhecem pelos nomes e até mesmo sabem o que mais consomem. Beatriz Garcia de 52 anos faz compras toda semana e contou o que acha da feira. "É legal porque aqui a gente faz amizades, as pessoas se conhecem, tem coisas em comum. Principalmente se preocupam em ter uma alimentação mais saudável.". Os próprios produtores são responsáveis pelas vendas, portanto, o cliente pode tirar dúvidas sobre os alimentos, fazer reclamações ou mesmo elogios. A circulação pelo espaço é igualitária: tanto feirantes quanto compradores andam em frente ou atrás das barracas.

De acordo com Marcelo Barbosa (52) que trabalha com orgânicos há 17 anos, para abastecer a feira orgânica os agricultores e suas famílias reúnem-se em grupos, juntam seus produtos e distribuem entre as barracas. Existe um único caixa onde os clientes efetuam o pagamento. O lucro é dividido entre todos posteriormente.

FEIRA ORGÂNICA - PARQUE ECOLÓGICO DE CAMPINAS (SP).


Ao circular pela feira da Rua Frei Francisco Sampaio em Santos, litoral de São Paulo, também é possível observar uma grande quantidade de pessoas segurando sacolas e puxando carrinhos abastecidos com compras. Elas se cruzam e praticamente não conversam. Os feirantes trocam algumas palavras muito rapidamente com os clientes, anunciam promoções, negociam preços e quantidades. Placas nas barracas acima das porções de produtos indicam os respectivos valores, o que torna a relação consumidor-vendedor praticamente desnecessária. O freguês é atendido em frente à barraca, enquanto os comerciantes ficam atrás, dessa maneira se estabelece certa hierarquia. Os comerciantes de feiras “comuns” muitas vezes são apenas revendedores de suas mercadorias. "Geralmente [compram] no Ceasa ou Ceagesp.", explica Marcelo, que já foi um deles. Ambos os estabelecimentos são licenciados pelo Ministério da Agricultura. Segundo informa o site do Ceagesp, os produtos são provenientes de plantações de diversos estados brasileiros e também de outros países. "Teve um tempo que eu vinha no Seasa Campinas, mas é outro mundo.", concluiu pensando em uma comparação com seu trabalho atual em feiras de produtos orgânicos.

 
 
 

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